Análise: Binary Domain (Xbox 360, Ps3, PC)
- História: 9,0 /10,0
- Gráficos: 8,5 /10,0
- Áudio: 8,0 / 10,0
- Gameplay: 8,5 / 10,0
- Dificuldade: 8,0 / 10,0
- Nota Final: 8,5 /10,0
"Binary Domain" é um shooter tático futirista, em 3a. pessoa é uma mistura de "Terminator" com "Eu Robô" (o filme), em um Shooter de terceira pessoa, estilão "Vanquish" mesmo, e com a mesma qualidade: muito bem trabalhado graficamente, com efeitos e detalhes muito legais. Foi desenvolvido pelo recém-criado estúdio japonês Ryu ga Gotoku Studio, produzido pela SEGA e seu criador é Toshihiro Nagoshi que criou a série Yakuza (Playstation 2 e 3). Foi lançado há um ano, em fevereiro de 2012 e passou meio que por baixo do radar da maioria dos gamers.
História: com a virada para o século 21, o aquecimento global piora, e com isso, 70% das grandes cidades fica alagada, muitas inabitáveis, e grande parte da população morre. Se decide então constuir novas e modernas cidades, acima deste nível alagado (que se chama Flood Level), onde os pobres ainda vivem, sobre condições de miséria - mas surge um problema: quem iria construir as cidades agora que a mão de obra era escassa?
A resposta veio na forma dos robôs, o que invariavelmente faz com que uma empresa, neste caso americana (de robótica), se torne a maior megacorporação do mundo, que os EUA se tornem a nação soberana. Devido a subida dos EUA como Hegemonia mundial, uma nova Convenção de Genebra é feita em 2040, e inclui uma cláusula 21, sobre os Hollow Children, que são terminantemente proibidos:
40 anos após estes eventos (o jogo se passa em 2080), após uma tentativa de assasinato do presidente dos EUA, se torna público que existem robôs entre nós, com pele humana cobrindo os esqueletos metálicos (estilo Terminator), que são os chamados Hollow Children, e estes não sabem que são máquinas...
Nesse ponto entra sua equipe, que faz parte da Rust Squad, e que lida diretamente com a cláusula 21 do tratado de Genebra, sendo uma equipe multi-nacional com vários especialistas - você faz parte de um esquadrão de soldados internacionais que visa manter a ordem nos distúrbios na área pobre, mas acaba descobrindo algumas coisas que vão fazer repensar suas ações e escolhas...
Os gráficos do jogo são acima da média: as partes de ação do gameplay, são pontuadas por história, muito bem escrita e dramática, e me impressionei com a qualidade dela para um Shooter - os gráficos não decepcionam, especialmente as lutas contra os chefões - a aranha gigante vai ser a primeira que vai impressionar muita gente, em que você deve destruir pedaços da armadura dela, para poder acertar núcleos de energia nas pernas, enquanto se protege de ser pisado / atingido por tiros e mísseis.
Os ambientes possuem um visual futurista, mas verossímel como seria algo mesmo no futuro próximo, e o jogo faz uso de névoas, e outros efeitos para mesclar os ambientes e inimigos a ação. Os inimigos normais vão se estilhaçando e desfazendo, e o dano varia com o local onde se atira (ex: perna, ele se arrasta no chão, e peito, vai perdendo blindagens). Os inimigos grandes são quase sempre Bosses e Sub-Bosses e impressionam e assustam pelo tamanho. As fases são bem detalhadas como ambientes mas delimitadas e meio lineares (o único negativo).
Aúdio: a atuação e músicas estão super-bem feitas, e se encaixam bem, nada de atuações medíocres ou linhas de diálogo chatas. A música é totalmente orquestrada e digna de um filme de ação, sendo uma que lembra as músicas do terminator, com vários instrumentos de impacto. Os efeitos sonoros são ótimos, principalmente nas partes de CG que se ouve balas zunindo ao redor.
Gameplay: o jogo funciona como um Shooter tático em 3a. pessoa, sendo que você sempre vai estar acompanhado por uma ou mais pessoas da sua Squad, que podem receberm, como você, upgrades e itens para ajudar na campanha. O jogo tem suporte para Head-Set, que você pode usar (ou não, neste caso se usa o LB para entrar nas respostas por texto) para comandar o seu aliado no Singleplayer - e o jogo tem modos de combate versus / cooperativo na Live, e consequentemente, conquistas só na Live.
O jogo possui vários colecionáveis: parece que são 70 arquivos com coisas deste mundo do jogo, na forma de planilhas virtuais, além de existir uma galeria para inimigos e armas, com dados sobre eles. Se você zerar no No Survivor (ou Hard), vai a abrir a dificuldade máxima, a No Mercy - quando você começa outro jogo, o que você comprou já era, teria que comprar de novo, mas os itens colecionáveis não, eles podem ser pegos nas múltiplas jogadas que você for fazer, e podem ser vistos onde e quantos faltam no Menu principal, via os Checkpoints das fases.
O jogo também se utiliza de um sistema de Trust que influência o quanto os outros personagens gostam ou não de você, refletindo no final, conquistas e reações da AI aliada: ele é influênciado pelas suas ações, linhas de escolha de texto e o que você fala pelo headset. Só uma dica para quem quer tentar conseguir a maior Trust (confiança) dos personagens, depois de uma luta contra uma aranha gigante, no cenários, cheio de fumaça, comentam que acham que viram uma pessoa: procure ela, é um cara de boné vermelho, que por 5000 créditos vai vender uma Skill que você tem um bônus de 5% para cada atitude de Trust.
Sobre as Skills que você pode dar de Upgrade na equipe: existem na forma de Nanochips que você compra nas máquinas de venda, e encaixam em um tabuleiro de tamanho e espaços limitados; cada Skill vaira, como por exemplo Bônus de 10% de Defesa, reload mais Rápido, mais dano, etc. e possui peças variáveis, tanto em tamanho, quanto em forma que devem ser ajustadas ao tabuleiro de Upgrades.
Os saves do jogo existem na forma de checkpoints, muitas vezes não claros, que são quando um pequeno quadrado feito de pixels gira no canto da tela (quase nunca sei quando apareceu um). Sobre a dificuldade, estou jogando na máxima, e não achei tão difícil na verdade, dá para se jogar muito de boa, especialmente se a pessoa estiver acostumada com os Shooters em 3a. Pessoa mais Hardcores (que não são muito minha praia) - mas se empaca as vezes, geralmente nas fases com Bosses ou Sub-Bosses (fora uns Gorilas gigantes existem uns chefes que atrapalham muita gente).
Resumo: se você ver esse jogo a um bom preço, não hesite em pegar, se gosta de Shooters em 3a. pessoa, mesmo nunca tendo ouvido. É uma ótima surpresa e foi um dos jogos top para mim no ano de 2012, brilhando no quesito gráficos e história e possuindo gampelay envolvente. Minha nota: 8,5 / 10,0 .
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